sábado, 5 de março de 2016

Lagoa do Alegre é destaque no Globo Repórter

 Veja aqui a reportagem completa 

O pequeno povoado baiano da Lagoa do Alegre, que pertence ao município de Casa Nova, foi destaque nesta sexta-feira (04/03) no Globo Repórter. Só lamentamos que o destaque foi negativo. A total carência da comunidade foi o principal motivo da reportagem.

Com cerca de 500 habitantes localizado a 70km de Dom Inocêncio e a mesma distância de Casa Nova, o povoado não conta com serviços essenciais. A localidade não tem energia elétrica, ainda usa motor para gerar energia durante a noite. Não possui abastecimento de água e não tem sinal de internet. Nem telefonia fixa existe no local.

A internet que chega de Dom Inocêncio ainda é cara e só quem dispõe de cerca de R$ 500,00 pode pagar pelo sinal de Wi-Fi.



O jornalista José Almeida Rocha relata o descaso do governo baiano  com os municípios que estão na margem esquerda do Rio São Francisco na divisa com o Piauí.


Essa é a verdadeira Bahia!



Território que abrange todo seu recôncavo e também se estende pelo sertão, até alcançar a margem direita do Rio São Francisco, onde existe municípios frondosos, bem cuidados com a participação do governo estadual.



Mas, nós aqui da margem esquerda do mesmo rio, não passamos de agregados do Velho Chico. 

Somos aproximadamente mais de um milhão de habitantes, residentes em trinta e cinco municípios, porém, desprovidos de muitos requisitos básicos para que se possa exercer com dignidade a autentica cidadania. 

Isto é, aqui no território acima mencionado, é onde existem municípios a exemplo de Campo Alegre de Lourdes que, com cerca de 30 mil habitantes não dispõe:



- de um serviço de abastecimento de água potável ou encanada de qualquer espécie;


- de esgotamento sanitário, evitando a proliferação de doenças e epidemias diversas;

- de estradas asfaltadas, tirando-nos do isolamento e atraso generalizado por falta de integração com outros centros urbanos;

- de comarca judicial, onde haja cartórios para se registrar uma criança, um casamento, um imóvel ou simplesmente se reconhecer uma assinatura.

Infelizmente, nesta situação não temos como nos considerarmos baianos e sim filhos de terras de ninguém.

Portanto, que a desmembração desta imensa área territorial venha ocorrer o mais breve possível. E que venha uma emancipação autêntica, sem influência de outras culturas, já que somos sabidamente autos suficientes e sustentáveis, necessitando apenas de liberdade.

Desatrelando-nos das correntes do atraso das quais a Bahia nos submeteu. Extraindo daqui apenas as benevolências eleitorais e econômicas e nos deixando a mercê da subserviência e submissão.

Por - José Almeida Rocha do Jornal Tribuna da Região